Créditos

Notas de um observador
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Mudaram as estações

E de repente a gente percebe muita coisa: os verdadeiros amigos são aqueles que te deixam desesperado; por mais que vc finja esquecer algumas coisas/pessoas você dificilmente as esquecerá; sua família não é necessariamente sua; o tempo e o modo com que ele passa podem enlouquecer qualquer pessoa. Mas a constatação mais triste é a percepção de que perceber as coisas não é sinonimo de entende-las...

Resultado: oscilações frequentes de humor e um medo incessante. Perceber as coisas faz delas um grande e unico problema, o qual você não é capaz de entender, tampouco solucionar.

É a partir daí que, como diria Luis Fernando Verissimo, criamos a maldita mania de viver no outono. Apesar de ter consciencia de que há muito mais a ser vivido, tudo que você percebe, todos seus pequenos grandes problemas, ocupam sua mente de maneira assustadora, tal que não lhe sobra animo para viver. E você esquece a beleza da primavera, a injeção de felicidade tipica do verão e o aconchego do inverno.

Daí a mais complexa das constatações: perceber as coisas não significa que você deve necessariamente aceita-las. Cabe somente a você ter força o suficiente para ir adiante e mostrar para o mundo que certas coisas não se encaixam muito bem em sua vida. Aos amigos que te causam desespero, palavras trocadas em singelas conversas bastam. Às memórias irrefutáveis, tempo e paciência; lembranças não precisam ser desagradáveis, somente o são por influência da loucura presente em cada um de nós. E a simples existência de uma família da qual você faça parte deve bastar para satisfaze-lo, seja ela qual for.

E assim, pouco a pouco, nós vão sendo desatados e muitos outros vão sendo criados. O essencial é tentar desamarrar os pensamentos quando eles ficam presos num grande emaranhado. Então o mundo continua girando, o tempo passa desapercebido e, quando você se der conta, o verão chegou de novo.


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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Feliz ano novo


Fim de ano. Época de calcular tudo que aconteceu nesse ano e elaborar resoluções para o próximo. Só tenho uma pergunta: existe por aí alguém disposto a doar metas para o futuro? Se tiver um pouco de vontade sobrando, também aceito doações deste gênero. Esperança também seria bem vinda, mas pelo que tenho visto (e não é necessário ir muito longe para encontrar desistências) ela tem estado em falta. Há muita coisa em falta, aliás. Em diversos âmbitos. Não acredita? Olhe em volta. Vê uma sociedade justa? Não, justiça está quase extinta. Vê pessoas com sonhos? Não, sonhos estão em falta. Vê respeito? Não, ele já desapareceu faz tempo. Vê ação? Não, a coragem não impera mais no coração das pessoas. Pelo menos não no meu.

Será que consegui deixar claro o que quis dizer? Como fazer um balanço final do ano de 2009 se há tanto para ser avaliado em cada mês, semana, dia, palavra ou ato? Não consigo fazer isso. Acredito que de fato seria o mais correto. É aquela velha história de aprender com os erros. Ela não funciona direito, pelo menos não comigo. Antes de pensar o que quero que aconteça no ano seguinte e como fazê-lo virar realidade tenho que pensar em muitas outras coisas.

O dia de hoje é um exemplo do que estou tentando dizer. Só hoje já cometi diversos erros, tive muitas duvidas e já desisti de muita coisa. Exemplos? Um erro: tentar ajudar um amigo e acabar por deixa-lo triste. Uma duvida: nao sei se devo acreditar no que as pessoas me dizem; se acreditar tenho que concordar com muita gente que ainda hoje me chamou de monstro, me acusou de cometer grosserias e de não ter a menor ideia do que falo (eu digo as coisas somente porque creio nelas de verdade, convicçao esta que anula uma duvida e cria muitas outras). Uma desistência: não vou mais resistir àquilo que faz parte de mim. Devo admitir que não há nenhuma sabedoria nas desistências. Na maior parte dos casos elas levam pessoas a cometer novamente erros passados, levam-nas a esquecer possíveis consequências. É o meu caso.

Agora que o meu dia e todos seus dilemas (não todos, mas grande parte deles) foram expostos, continuo aceitando planos para 2010. Se tiver algum disponível, favor contactar. Um dia já é suficientemente denso para ocupar minha mente, preciso de alguém que cuide dos próximos 367 para mim. Feliz ano novo?

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Ui

O que foi esse sonho? Não quero acordar, alguém me ajuda? Ops, já acordei... Mas ainda me lembro de absolutamente tudo. Quer dizer, é fácil lembrar desse sonho pq ele consistiu em todos os meus desejos, tudo que eu quero acreditar que vai acontecer num futuro próximo. Tem que acontecer. Tem que acontecer. Tem que acontecer.
Ok, eu assumo. Sim, eu me apaixonei de novo. Não, eu juro que não foi intencional! Ate porque é perigoso demais. Nunca me daria ao luxo de me apaixonar novamente. Sei que se não der certo - 50% de chances, o que eu não considero grandes chances - eu vou acabar dentro de um frasco de Seconal. Ai, posso sentir desde já como isso vai doer. É, estou completamente apaixonada por você, meu querido. Minha vida esta em suas mãos. E não é exagero. Não vou aguentar ser abandonada de novo, sei disso melhor que ninguém. Ah, mas as coisas podiam dar certo de vez em quando. Juro que dessa vez quero com todas as minhas forças. As coisas podiam dar certo. As coisas deviam dar certo. As coisas podiam dar certo. As coisas deviam dar certo. As coisas vão dar certo?



(as coisas não deram certo)


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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Cansaço

Se da ultima vez que escrevi perguntei a mim mesmo o porque das coisas, devo informar-lhe que hoje farei tudo diferente. Como sei que questinomentos sobre os quais eu devo chegar a determinadas conclusões não costumam funcionar como deveriam, pulo essa parte e pergunto diretamente aos céus ou o que quer que seja que encontra-se hierarquicamente logo acima da minha humilde existência. Mudou também o foco da questão, como já foi dito. Em lugar do "por que" corriqueiro surge um " por que nao". Não que o simples adicionar de um singelo adjunto mude totalmente o curso das coisas. Ao contrário, creio que desta forma a pergunta induz a algo ainda mAis pessimista. Na verdade tudo depende da consciência e intenção de cada um ao questionar. Enquanto algumas pessoas perguntam por que fazer algo outras perguntam por que não fazê-lo. Qualquer experiência que seja acrescenta dados, fatos, memórias e informações que podem vir a ser úteis num futuro próximo. Agora, na condição em que as pessoas que normalmente tem que se utilizar de artifícios tais quais os questionamentos para manter sua paz interior (ou criar alguma), duvido muito que o por que seja tão vislumbrante. Nesses casos ele assume um tom de cansaço e profundo incomodo com o que a vida lhe tem reservado.
Cansaço. Pronto, é a ele que vou atribuir minha atual confusão mental. Simplesmente cansei de contornar ideias que já se encontram incrivelmente saturadas em minha mente. Não quero mais pensar. Não que isso signifique que não quero mais viver. Talvez seja exatamente esse o ponto, não sei. Enquanto tento chegar às tão longínquas conclusões, vou exercitando minha mente e ensinando-a a não funcionar. Embora para tal precise pensar muito. Ok, já não sei mais nada, para variar aumentei o nó em minha cabeça tentando desata-lo. Vou dormir porque por enquanto é o único modo que conheço para parar de pensar por algumas horas. Boa noite.

( perdoem a falta de acentos, mais tarde eu arrumo)

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O invento do século


Estive pensando e acabei questionando a mim mesmo mais uma duvida daquelas que nao tenho a capacidade de esclarecer... Mais um caso em que a racionalidade tenta desvendar os mistérios desse sentimentalismo eloquente que vivemos nos dias atuais ( não que eu tenha vivido o suficiente para conhece-lo em outro contexto). Bom, vou direto ao ponto: você já parou para pensar na confusao criada a partir da intensidade dos sentimentos? Se nunca pensou, pensara agora. Ouça o que tenho a dizer. Ou melhor, leia. Num período de dois meses eu disse as três palavras (sete letras) mais sinceras de meu coração a duas pessoas, agora quero dedica-las a uma terceira. Parece absurdo, não? Talvez seja de fato... Não sei. A única coisa que sei eh que realmente amei aquelas para as quais dediquei meus sentimentos.
Acredito que agora já tenha se tornado clara a raiz do problema que tem me afligido. Eu não soube interpretar meus sentimentos e por isso os disse indiscriminadamente? Não, sei muito bem quem eu amei. Mas eh possível amar de forma tão intensa tantas pessoas diferentes em tão curto espaço de tempo? Acredito que sim, ate porque, se não concordasse com tal afirmação, tudo que vivi nesses últimos meses cairia por terra. Mas não tenho certeza. Resta em minha mente então uma ultima duvida: confundi a intensidade do que sentia? Talvez.
Eis que surge então a invencao do século, o maravilhoso mecanismo que nos auxilia na sintaxe, na analise da frase. Exemplo: eu te amo muito. A máquina ajudaria a entender se a escolha das palavras foi correta, se 'muito' é um termo desnecessário e se no lugar da palavra 'amo' deveria estar um singelo 'adoro'. Enquanto não inventam tal mecanismo, adicionarei as duvidas de analise sintática ao meu cronograma de estudos.

( perdoem a falta de acentos, mais tarde arrumo)

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sábado, 14 de novembro de 2009

Urgente


Minha cabeça dói. Há uma criança chorando desesperadamente. Estou pensando em acompanha-la. Gostaria de possuir motivos oficiais para tal, mas não os possuo. A aflição e a angustia que tem me acompanhado aonde quer que eu va esqueceram de me contar seus motivos. Talvez porque eu apenas finja não sabe-los. Devo assumir que, devido a circunstancias recentes, as causas de diversas coisas deixaram de ser claras. Tal qual Holly, tenho tido problemas em reconhecer o que me pertence ou não. Parece que possuo muitos amigos que não são meus amigos, parece que minha família não eh minha... Parece que a rotina que eu vivo não foi feita pra mim. A minha maior duvida: sou eu que estou fora do contexto ou será que o cenário mudou repentinamente e ainda não me adaptei?
Não vou me adaptar. Não sou assim. Creio na naturalidade e nos benefícios que mudanças podem trazer, e aceito o fato de que sou um ser sujeito a mutações frequentes. Mudo sempre, e admito que não há regularidade na qualidade dessas mudanças. As vezes boas, as vezes ruins, quase sempre utilizadas como prova incriminadora que me mostra a minha propria culpa em grande parte dos atos dos quais me queixo. As mudanças são assim. E tão natural quanto elas eh a reação do ser humano a elas. Nunca são bem vistas, em parte porque eh impossível agradar o mundo o tempo inteiro e em parte porque vão contra a reconfortante ideia de estabilidade. Ainda assim, gosto delas. Me fazem sofrer bastante, mas criam a vontade de seguir em frente. Ter vontade já eh um grande passo, principalmente quando consideramos que tristeza mata, envenena, tortura, tira a vida aos poucos. Preciso aprender a fazer bom proveito dessa vontade. Urgente.

( perdoem a falta de acentos, mais tarde eu arrumo)

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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Paciência

Tenho que ter paciência. E auto-controle. Enquanto o tempo passa mais devagar do que deveria eu vou me recordando de que, assim que o presente virar passado, vou querer voltar atrás e viver tudo de novo. Todos os momentos felizes que ficaram na memória, deles resta somente o medo do esquecimento. Há também momentos cujo esquecimento seria um presente. Sempre assim, fica o que é desprezível e vai embora tudo aquilo que se tinha de mais valioso...
Mas chega de falar sobre o passado, falemos então sobre o presente. Aliás, quem foi que inventou esse nome? "Presente", soa como se fosse realmente uma coisa boa. Não que seja ruim, não podemos reclamar do que vivemos a cada segundo. Mas ele não é bom como seu nome sugere... Na realidade, acabo de perceber que, quando comparado aos seus companheiros, o passado e o futuro, ele é realmente incrível. Ok, o nome "presente" está oficialmente aceito a partir de agora. Preciso me lembrar disso nas próximas vezes em que citá-lo.
Chegou a hora de falar sobre o futuro. Não gosto de falar sobre ele. É um tanto amedrontador pensar em algo tão incerto. Mas, como as incertezas alimentam minha alma, vou me esforçar um pouquinho pra dizer o que penso sobre o futuro, até porque é fácil, bem simples. Bom, o futuro pra mim não é nada. Parece tolice, mas considerando que a criação de falsas (ou verdadeiras) expectativas pode conduzir às tão famosas e saturadas decepções o nada parece simplesmente tudo. Aliás, meu futuro chegou, mais tarde eu volto para compartilhar mais inutilidades.